Visite Nossa Loja Virtual!!!

Visite Nossa Loja Virtual!!!
Compre Livros e Produtos com Preços Baixos...

EDITORA FAEST - www.editorafaest.com.br

Faça Seu Pedido de Oração!

quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

PLANEJANDO AÇÕES EDUCATIVAS

Por: Angela C. Hammann

Ano vai, ano vem. Sentimentos, emoções, ações, que simplesmente passam como água que escorre por entre os dedos das mãos. Início de ano é sempre marcado por profundas reflexões sobre o passado e sobre o futuro dos atos cotidianos, sejam eles planejados ou não. É quando paramos para refletir sobre o que fizemos da vida enquanto ela passava por nós.

Para aquele que lidera um departamento na igreja ou uma classe de alunos, a melhor coisa a fazer no início de ano é observar criteriosamente e com criticidade todas as ações construídas e concretizadas no ano anterior. Este observar, para o educador Paulo Freire, é reconhecer o mundo do educando, ou seja, ler a situação vivencial do grupo e/ou classe em questão, para então planejar o ato pedagógico. Diante disso, planejar requer reflexão, organização e sistematização, a fim de assegurar a unidade dos elementos do processo educativo, que se compõem nos objetivos (para que ensinar), nos conteúdos (o que ensinar), nos educandos e suas possibilidades (a quem ensinar), nos métodos e técnicas (como ensinar) e na avaliação.

Geralmente para liderar departamentos propõe-se que o líder/educador convide uma equipe dinâmica e comprometida com as propostas da área escolhida. Para isto, deve proporcionar informação e treinamento de habilidades básicas, abrir espaço para compartilhar saberes e práticas, deixar constantemente as expectativas definidas e transparentes e dar ênfase à presença de Deus. Graig Jutila em seu livro “Princípios Fundamentais para Líderes de Ministério Infantil”, especifica quatro áreas relacionadas a uma liderança eficaz que são: Paixão, Atitude, Trabalho em Equipe e Honra. Paixão pelo que está sendo proposto, pelo ministério, pela vida (Cl 3.23). Atitude de apoio e encorajamento, pois isto determinará o sucesso ou o fracasso das ações construídas no grupo (Fp 4.4). Trabalho em Equipe, porque grupos têm um potencial criativo maior do que indivíduos (Ec 4. 9-12). E Honra em servir, visto que dar valor, prezar e respeitar as pessoas são preceitos vivenciados por Cristo (Rm 12.10).

Para liderar uma classe de alunos, o líder/educador deve também estar ciente da faixa etária dos educandos e suas características enquanto grupo. Com base nas informações observadas, refletirá e planejará o Plano de Curso (que é a sistematização das propostas de trabalho que serão desenvolvidas durante o ano letivo, podendo ser bimestral, semestral ou anual); os Projetos de Trabalho (que é uma concepção de se trabalhar a partir de pesquisa, geralmente sobre algo emergente); e os Planos de Aula (que determinam o que fazer no cotidiano da sala de aula).

Desenvolver lideranças e ministérios bem-sucedidos e planejar ações educativas são o grande desafio da igreja contemporânea. Que neste início de ano, enquanto líderes/educadores possamos refletir sobre nossa prática cotidiana, avaliar o que se passou e projetar nossos sonhos e projetos para o crescimento do Reino de Deus.


Um feliz 2009!


Angela Cristina Hammann

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

BILHETE DE NATAL

Por: Transcrito do Jornal Gazeta do Povo. Curitiba.PR

Quando vocês não se importarem de ter nascido,
como eu, numa estrebaria.

Quando vocês se convencerem de que eu vim ao mundo
para mostrar-lhes os caminhos da verdade, da plena e abundante vida.

Quando vocês souberem que eu tenho o poder de lhes justificar e perdoar
perante o Pai,Criador de todas as coisas.

Quando vocês tiverem suas vidas plasmadas
nos sublimes bens e dádivas do amor, mesmo àqueles que não lhe amam.

Quando vocês aprenderem a perdoar
àqueles que lhes ofendem.

Quando vocês reconhecerem que dissabores e sofrimentos são caminhos
para a perfeição e para o bem.

Quando eu souber que vocês, mesmo ante os revezes da existência,
não perderem a fé, a esperança e a caridade.

Quando vocês, reunidos em meu nome,
sentirem que eu estou presente.

Aí, então, estarei recompensado de ter vindo ao mundo e por tudo que eu passei.
Sabendo estou que, juntos, construiremos o Reino que o Pai, para todos preparou.



Belém da Palestina, Natal, Ano 1
Assinado: Menino Jesus.

CONSTRANGEDOR


Por: Pr. Wagner Antonio de Araújo
bnovas@uol.com.br


- Irmã, por favor, me ajude, porque ainda não consegui localizar a igreja!

- Mas, pastor, o senhor está bem pertinho! Olha, siga duas ruas à frente após o semáforo e desça à esquerda. No quarto cruzamento vire à esquerda e vá para o número 252.

- Ah, meu Deus, direita, esquerda, semáforo, irmã, eu vou me atrasar um pouquinho!

O pastor estava procurando a igreja Batista da Vila Colônia. Mas a cidade é grande e era a sua primeira vez naquela região. Levou consigo o guia de ruas, mas, por via das dúvidas, deixou o celular ligado. Tentou orientar-se com a secretária da igreja, que era a esposa do pastor local. Mas ele estava tão aflito, que não conseguia nem achar o semáforo.

- Segunda, terceira, ah, droga, cadê esse semáforo? Eu vou chegar atrasado! Meu Deus, me ajude!

- Calma, pastor, o senhor vai conseguir já, já! - disse a secretária, do outro lado da linha.

Subitamente o pastor cruzou a terceira travessa, enquanto falava com a moça. Foi quando tentou cruzar a terceira travessa. Não percebeu que havia um semáforo bem no cruzamento, e o sinal era vermelho. Ele passou. Na rua que cruzava um outro veículo vinha devagar, obedecendo ao sinal verde. Ao perceber o descuido do pastor, acabou brecando violentamente e conseguiu evitar uma tragédia. Bem, evitou a batida, mas a tragédia... Ele esqueceu de desligar o celular. A irmã o chamava:

- Pastor, pastor, o que aconteceu?!

O outro motorista, que fora cortado, sem saber que o pastor estava perdido, começou a gritar:

- Seu imbecil, não viu que o sinal estava vermelho pra você?

- Imbecil é a sua mãe, seu palhaço! Eu cruzo no vermelho quantas vezes quiser e ninguém tem nada com isso! Vai encarar?

- Olha, não me ameace não, porque você não sabe com quem está mexendo...

- Ah, judiação do nenê! Tô morrendo de medo! Vem, vem me pegar, seu sem-vergonha! Vem se você for homem!

A secretária, atônita, pensou:

- Meu Jesus, e agora? Ele vai apanhar na rua! E o meu marido que não chega...

O motorista do outro carro parou e desceu. Tinha um pedaço de pau dentro do carro, que ele tirou com ares de superioridade. O pastor, por sua vez, sangue quente, enfiou a mão por debaixo do banco e tirou o extintor de incêndios.

- Ele quer briga? Pois vai ter! - pensou.

Ambos estavam na rua. O celular do pastor estava pendurado na cinta. E a secretária já estava rouca de tanto gritar, inutilmente.

- Olha aqui, seu barbeiro - falou o outro motorista - É melhor ir andando, se você tiver amor pelos seus filhos. Você está errado e vai apanhar aqui e agora. Assim, saia enquanto é tempo!

- Seu cafajeste, pensa que a rua é só sua? Só você sabe guiar? Vem, vem aqui com o papai, que eu te dou um banho de espuma!

A secretária já estava roxa de tanto gritar e agora ficava pálida: eles iam brigar!

Mas, subitamente, o outro motorista disse:

- Quer saber de uma coisa? Você é insignificante demais pra mim. Não vou estragar meu pedaço de pau numa cabeça tão oca quanto a sua. Dá o fora, imbecil!

- ahahahah, amarelou, né, palhaço? Pois eu é que não vou gastar o meu extintor num cara que não honra as calças. Vá pro inferno e não cruze mais comigo!

- Vá pro inferno você, babaca!

Os dois entraram nos seus carros e saíram cantando pneus, quase batendo novamente. Mas foram embora. O pastor parou o carro e começou a xingar:

- Cara fdp, v, c, &*()( #$@R%^^^& (palavras intraduzíveis, caríssimo leitor. Qualquer dúvida, pergunte para a secretária, que estava na linha, ouvindo tudo).

Então, lembrando-se das conferências da noite, cujo tema era MANSOS COMO CRISTO, parou um pouco, tentou lembrar-se do endereço e tentou ligar pra secretária. Sem aperceber-se que havia linha no aparelho, apertou os botões e disse:

- Alô? Já atendeu, irmã? Que rapidez!

Ela, escandalizada, envergonhada, decepcionada, sem ter o que dizer, falou:

- Desce a segunda à direita e vira à esquerda. Número 252.

E rapidamente o pastor chegou à igreja. Estacionou, escolheu o seu melhor sorriso, disse consigo mesmo que aquelas coisas acontecem e são passageiras, desceu do carro e, em lugar do extintor, tomou a bíblia e o hinário.

As pessoas, ansiosas por cumprimentarem-no, aproximaram-se. Ele, cortez e cavalheiro, a todos atendeu com carinho. O pastor da igreja, que chegara atrasado, estava ocupado na sala de reuniões e iria entrar no decorrer do culto, para apresentar o pregador.

O culto começou. Orações, leituras responsivas, corinhos da equipe de louvores, números especiais, um culto e tanto! O pastor-visitante estava feliz.

Então, antes de passarem a palavra para ele, chamaram o pastor da igreja, para que ele fizesse a apresentação. O pastor da igreja não o conhecia pessoalmente, só por fama de bom pregador.

Foi quando o pastor entrou, pela porta dos fundos, ao lado da esposa, a secretária da igreja. O pastor visitante estava de costas, falando com um corista.

O pastor da igreja olhou para o auditório, olhou para o pastor e ficou mudo. O povo imaginava que ele estivesse escolhendo as palavras para apresentá-lo de forma polida e diplomática. Afinal, ele gostava de honrar os visitantes. Mas o silêncio estava custando a passar, e começava a ser constrangedor. Algumas bagas de suor escorriam pela testa do pastor. O pastor visitante, de repente, sentado onde estava, envermelhou-se e abaixou a cabeça, no maior silêncio também.

Agora a igreja estava preocupada.

Os adolescentes diziam:

-"Aí, meu, da hora esse suspense! Acho que pintou sujeira, saca só!"

Um garotinho de dois anos olhou pra mãe e perguntou:

- "Mamãe, o pastor usa flaldas também? Ele tá fazendo a mesma cala que eu faço quando tô fazeno cocô" . E a mãe: "Cala a boca, menino!"

Um seminarista cutucou a namorada, com ares irônicos, e falou:

- Tá vendo, bem? Até ele esquece o esboço de vez em quando. Não sei porque só falam de mim".

Silêncio na igreja. Um olhava para o rosto do outro, sem saber o que fazer. O coral fazia gestos ao regente, que os mandava aguardar. Eram duzentas pessoas suando, sem saber nem porquê.

E o pastor, no púlpito, começou a chorar. A igreja pensou que ele tivesse recebido uma notícia ruim. Mas, estranhamente, o pastor visitante também, e de soluçar!

Um universitário, novo convertido, exclamou:

- Poxa, cara, surrealismo pós-moderno! Divino!

O choro dos dois, cada um no lugar onde estavam, era tão comovente, que muitos começaram a chorar também, sem terem a mínima idéia do porquê. Um crente pentecostal, que estava alí, arriscou a dizer para os seus colegas de banco:

- Aleluia, irmãos, acho que ele recebeu o batismo! Eu sabia! Um dia ia acontecer! Aleluia!

O pastor visitante levantou-se e desceu da plataforma, chorando. Realmente comovente. Estava indo embora pelo corredor lateral, quando o pastor da igreja disse, ao microfone:

- ESPERE!!!

- Pra quê?

- Porque somos crentes!

Então o pastor visitante estacou, virado de costas. O pastor da igreja começou:

- Irmãos, há cerca de uma hora eu e ele quase saímos no tapa no cruzamento da rua de cima, por causa de uma briga de trânsito. Ele iria me dar um banho de extintor de incêndios, e eu iria surrá-lo com um pedaço de pau que guardo no carro. Amados, quando é que eu iria imaginar que esse era o homem que eu havia convidado para pregar aqui na igreja hoje?

E o pastor visitante, do corredor, exclamou:

- E como eu iria saber que o senhor era o pastor da igreja que eu estava procurando?

Voltaram a chorar. Agora a igreja chorava de gosto, porque sabia a razão.

Um velho diácono, experiente, sincero, leal e consagrado, tomou a palavra e disse:

- Igreja, que sermão melhor poderíamos ouvir sobre ser MANSO COMO CRISTO? Esses pastores, humanos, pecadores, falhos, mostraram para nós tudo quanto não devemos fazer, e certamente muitos de nós fazemos até pior! Nós só não temos coragem de dizer! Mas, se eles pecaram, Jesus é fiel e justo para perdoá-los e purificá-los! E essa é a maior lição! Pastores, vocês são crentes! Lembrem-se do que diz a Bíblia: "irai-vos e não pequeis, não se ponha o sol sobre a vossa ira" (Rm 12.19). Vocês acham que Jesus faria o que vocês fizeram? Ele era manso! Sejam mansos também! E agora façam o favor de se reconciliarem e glorificarem ao Senhor! Vamos, pastores, o que estão esperando?

Envergonhados, pálidos, assustados, os pastores saíram de seus lugares e, nas escadas da plataforma, abraçaram-se, pedindo perdão um para o outro, em lágrimas comoventes, que marcaram a vida daquela igreja. Naquele dia o sermão não foi pregado com palavras, mas proclamado com atitudes. Não pelo pecado que cometeram, mas porque aprenderam que pecar custa muito caro. E Deus usou o velho diácono como nunca havia usado. Seja Deus engrandecido.

Faz 4 anos que isso aconteceu. E há 4 anos essa igreja não tem mais problemas de ressentimentos ou mágoas, porque, assim que surgem os problemas, são tratados com responsabilidade. Afinal, ninguém quer passar o vexame que os pastores passaram.

POIS SENDO RESGATADOS POR UM SÓ SALVADOR
DEVEMOS SER UNIDOS POR UM MAIS FORTE AMOR
OLHAR COM SIMPATIA OS ERROS DE UM IRMÃO
E TODOS AJUDÁ-LO COM BRANDA COMPAIXÃO

SE TUA IGREJA TODA ANDAR EM SANTA UNIÃO
ENTÃO SERÁ BENDITO O NOME DE "CRISTÃO"
ASSIM O QUE PEDISTE EM NÓS SE CUMPRIRÁ
E TODO O MUNDO INTEIRO A TI CONHECERÁ



ANTES DE SAIR XINGANDO TODO MUNDO, PENSE O QUE CRISTO FARIA NO SEU LUGAR...


quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

TRAGÉDIAS VERSUS EXISTÊNCIA HUMANA.


Por: Pr. Levi Silveira

Estando ainda este falando, veio outro, e disse: Estando teus filhos e tuas filhas comendo e bebendo vinho, em casa de seu irmão primogênito, Eis que um grande vento sobreveio dalém do deserto, e deu nos quatro cantos da casa, que caiu sobre os jovens, e morreram; e só eu escapei para trazer-te a nova. Então Jó se levantou, e rasgou o seu manto, e rapou a sua cabeça, e se lançou em terra, e adorou. E disse: Nu saí do ventre de minha mãe e nu tornarei para lá; o SENHOR o deu, e o SENHOR o tomou: bendito seja o nome do SENHOR. Em tudo isto Jó não pecou, nem atribuiu a Deus falta alguma.
Livro de Jó 1.18-22.

No percurso da existência humana encontraremos por muitas vezes situações que nos assaltam com notícias súbitas de tragédias, catástrofes e crises. Não foi diferente no texto acima citado. O patriarca Jó, foi de súbito informado das perdas e danos materiais, mais o que mais produziu em sua vida um baque, é a notícia que recebe de uma grande tragédia da natureza que dizima toda a sua esperança de perpetuar o seu nome na terra. Seus filhos foram engolidos pelo desabamento em uma de suas casas.

No verso vinte do texto acima observamos a atitude natural em que o ser humano reflete diante de uma tão grande perda. Jó retrata no ato de rasgar seu manto (manto aí, expressa uma peça de roupa da nobreza ou de pessoas de elevada posição social.) a dor que perpassa o seu coração pela perda de seus amados filhos.

O ato de rapar a cabeça, expressa um ritual comum na cultura oriental na terra de Uz, revelando assim o processo do luto em que Jó dava início. O luto é necessário na vida do homem, pois produz reflexões e alivia a sua dor no processo da perda.

É interessante perceber que obstante a crise que Jó está atravessando ele tem uma atitude nobre de integridade a Deus, no ato de lançar-se em terra e adorar, ele revela a submissão a Deus e expressa a consciência de que no processo da existência humana pertence ao homem atravessar pelos altos e baixos, pela alegria e pela dor, pelas crises e bonança, deixando bem claro nesta atitude que as perdas e o sofrimento fazem parte da lei da vida.
O reconhecimento de Jó em relação ao seu Deus que tem o direito de dar e recolher, mostra-nos uma atitude de submissão e integridade ao soberano Deus no processo de administrar o seu amor para com o homem.

Apesar da crise, de dor, Jó ressurge expressando um louvor de adoração ao seu Deus, em suas palavras Jó declara: Bendito seja o nome do SENHOR.
Prezado leitor a tragédia última que envolveu o vale do Itajaí e o litoral catarinense atingiu pessoas de todas as classes sociais, raças, credos e gênero. Deus na sua presciência e amor, apesar da dor, perdas e a calamidade instaurada entre as famílias e cidades envolvidas, faz brotar no coração do homem a esperança e a fraternidade dando condições num processo lindo de solidariedade onde o Brasil e países do mundo unem-se para a reconstrução de uma nova Santa Catarina.

Pr Levi Silveira

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

E DEUS CHAMOU-NOS AO MINISTÉRIO DE EVANGELIZAR E DISCIPULAR.




Por: Angela Hammann


Quando Jesus disse aos discípulos para ir por todo mundo e pregar o Evangelho a toda criatura (Mc 16:15), estava dando-lhes uma ordem que implicaria numa revolução em seus estilos de vida. Para tanto, todo aquele que aceitar o ministério de evangelizar e discipular pessoas (sejam crianças, adolescentes, jovens e adultos), deve estar ciente da responsabilidade de ter uma vida de obediência e estudo da Palavra de Deus, como também, convicção de sua experiência com Cristo.

Para isso necessita:

Pés firmados na realidade para ler e estudar a Palavra de Deus, pois toda Escritura é inspirada e é útil para ensinar a verdade, condenar o erro, corrigir as faltas e ensinar a maneira certa de viver (II Tm 3:16).

Olhos abertos para conhecer a Deus através da dinâmica da vida espiritual (oração, jejum, leitura bíblica, comunhão, adoração e testemunho) e ter uma visão ampla da obra de Deus.
Ouvidos atentos para ouvir e obedecer a Palavra (Rm 6:17) e frutificar em toda boa obra (Cl 1:10).

Coração para amar a Deus de todo coração e dedicar-se ao ministério de evangelizar e discipular com delicadeza e respeito (Mc 12:33).
Boca para anunciar as doutrinas cristãs com ousadia e determinação (Mc 16:15).

Cabeça para planejar as estratégias e os objetivos de evangelização e discipulado, de modo que, influenciará as pessoas a ponto de provocar, com base na Palavra de Deus, mudanças em seus comportamentos.

Joelhos dobrados em oração, para ser um instrumento escolhido (Jo 15:16) preparado (Ef 4:11) e enviado (Mc 16:15; I Pe 2:9).

Portanto, o ministério daquele que evangeliza e discípula, permanece e rende frutos, à medida que este ensina as doutrinas cristãs, com a ação e o auxílio do Espírito Santo, gerando deste modo, crescimento espiritual e expansão do Reino de Deus.


Angela Hammann / Pedagoga / Articulista do informativo Assembléia de Deus - Mafra

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

O Homem e o Saber...


Por: Israel Boniek Gonçalves

"saber .... Nosso conhecimento é finito, mas nossa ignorância é infinita..." Karl Popper

Mesmo em meio ao ceticismo, à opressão materialista, à falta de consciência humana e a ignorância frente ao estagio ético e moral, temos que ter a atitude fundamental do homem para com Deus e, com isso, a base antropológica da religião que é a fé. Para o poeta alemão Goethe, "A história é combate entre a fé e a incredulidade".

Para muitos este combate está no fim, julgando que a fé está derrotada e que o discurso sobre a mesma é irrelevante, chegando ao ponto de afirmarem como o filósofo Nietzsche1 que "Deus está morto" (gaia a ciência, seção108).

Contudo, é face a face com essas conclusões cegas que nos deparamos atualmente.
No dintel do templo de Delfos(Grécia) está escrita a frase "conhece-te a ti mesmo", que por mais que pareça se referir a obrigação humana de possuir seu significado, se refere ao fato do homem saber que é homem e não Deus, ou seja reconhece que és homem e tem as fragilidades de homem e também natureza e estado do mesmo, diferente dos deuses.

O que quero salientar é que primeiramente temos a necessidade de nos colocar como conhecedores da nossa verdadeira condição, seja como criaturas, servos e filhos de Deus, e isto é nobre, mas também termos convicção desta condição, ou seja, não somos deuses, mas somos seres capazes de se relacionar com Ele, o verdadeiro Deus, e além disso, estabelecermos amorosamente relações de paternidade e comunhão, afinal somos dentre as criaturas terrestres as únicas que "são e sabem que são", pois, como pode o Homem saber de seus limites, se não discerne algo para além de si mesmo?

Quanto mais o homem conhece a realidade e o mundo, tanto mais se conhece a si mesmo na sua unicidade. O que chega a ser objeto do nosso conhecimento torna-se por isso mesmo parte da

nossa vida, o homem que deseje distinguir-se, no meio da criação inteira, pela sua qualificação deve em primeiro lugar reconhecer-se como criatura e buscar na causa primeira, que é Deus as respostas necessárias para o entendimento de seu real ser.

Assim, responderemos as questões fundamentais que caracterizam o percurso da existência humana: Quem sou eu? Donde venho e para onde vou? Porque existe o mal? O que é que existirá depois desta vida? Pois tais questionamentos têm a sua fonte comum naquela exigência de sentido que, desde sempre, urge no coração do homem, e Igreja não é alheia, nem pode sê-lo, a este caminho, que busca resposta a estas questões, ela fez-se peregrina pelas estradas do mundo, para anunciar que Jesus Cristo é o caminho, a verdade e a vida (Jo 14, 6). Dentre os vários serviços que ela deve oferecer à humanidade, há um cuja responsabilidade lhe cabe de modo absolutamente peculiar: é a diaconia da verdade, ciente, todavia de que cada verdade alcançada é apenas mais uma etapa rumo àquela verdade plena que se há de manifestar na última revelação de Deus: Hoje vemos como por um espelho, de maneira confusa, mas então veremos face a face. Hoje conheço de maneira imperfeita, então conhecerei exatamente (1 Cor 13, 12).


1 - Friedrich Nietzsche nasceu numa família luterana em 1844, sendo destinado a ser pastor como seu pai, que morre jovem em 1849 aos 36 anos, junto com seu avô (também pastor luterano). Entretanto, Nietzsche perde a fé durante sua adolescência, e os seus estudos de filologia afastam-no da teologia.

Israel Boniek Gonçalves
Diretor Pedagógico da FAEST
Mestrando em teologia pela EST
Professor da FAEST